quinta-feira, 4 de novembro de 2010

entrevista a João Ribeiro in site oficial

João Ribeiro encantado com o nível do Vitória

Seguro e ambicioso, João Ribeiro adopta um discurso natural e verdadeiro. O jovem internacional está feliz na cidade-berço e isso nota-se dentro de campo. Aos 23 anos, João Ribeiro não faz planos a longo prazo e centra atenções no percurso a traçar de rei ao peito. Em entrevista ao jornal “Vitória”, o extremo abriu o livro, com a certeza de que a sua experiência em Guimarães será uma história de sucesso.

Estava à espera de um arranque, a nível pessoal, tão positivo?

Não vim para o Vitória a pensar se ia jogar no imediato. Vim com o intuito de começar a trabalhar desde o primeiro treino, procurando sempre que as coisas corressem bem. Tenho tido oportunidade de jogar e penso que tenho correspondido da melhor maneira. Não é fácil manter um lugar na equipa, mas eu trabalho com a mesma ambição desde o primeiro dia.

Mas admite que a concorrência tem sido forte?

Temos uma concorrência muito forte e muito boa nesta equipa. Considero que tal só é bom para cada um de nós e, acima de tudo, para o Clube. A concorrência feroz obriga-nos a trabalhar ainda mais porque temos a consciência de que se não merecermos o lugar haverá outro colega pronto a merecê-lo.

Até que ponto se considera útil à equipa?

Tenho a noção de que sou um elemento forte para a equipa, mas sei que não se nota tanto se eu sair, como acontecia, por exemplo, na Académica. Refiro, uma vez mais, a forte concorrência deste plantel. Como já provámos, esta equipa tem jogadores no banco que quando entram podem fazer a diferença. Não há uma quebra na equipa se entrar ou sair o jogador A ou B e isso é muito positivo para todos. Sinto que temos uma equipa com muito valor, capaz de fazer coisas muito boas, aliás, como já o demonstrámos.

O que leva uma equipa a vencer o Benfica e a empatar com o FC Porto e a perder jogos considerados teoricamente mais fáceis, como com o Setúbal e a Académica?

As pessoas podem pensar que temos alguma motivação extra quando defrontamos os ditos grandes mas isso não corresponde à verdade. Como elemento do balneário, posso afirmar com segurança que todos os meus colegas trabalharam da mesma forma, independentemente do adversário. São jogos completamente diferentes. O campo do Setúbal, por exemplo, é mais pequeno e faz com que os jogadores actuem mais próximos uns dos outros, o que leva a um menor tempo de reacção. Mas este é apenas mais um factor externo que não acontece nos nossos jogos em casa.

“É especial jogar no D. Afonso Henriques” 

E a verdade é que o Vitória ainda não perdeu em casa. O estádio D. Afonso Henriques tem sido como um amuleto da sorte?

É especial jogar no nosso estádio. Pessoalmente, posso dizer que é um sentimento muito bom entrar no relvado quando jogamos em nossa casa. Sinto que os adeptos adoram mesmo o Clube, independentemente do lugar que ocupa. Quer a equipa jogue durante a semana ou ao fim-de-semana, o estádio apresenta sempre uma boa moldura humana e isso é bastante motivador para qualquer atleta. E mesmo quando jogamos fora, eles seguem-nos sempre, para todo o lado. É excelente.

Depois do encontro com o Portimonense, segue-se a deslocação a Alvalade e a recepção ao rival Braga. Vem aí um ciclo difícil de ultrapassar?

Já vimos nesta época que tudo é possível. Hoje em dia não há jogos fáceis, nem que o adversário ocupe a última posição. Entendo que haja alguma ansiedade para esses jogos, principalmente da parte dos adeptos, mas eu só lhes posso transmitir a minha confiança.

Estamos perante um dos campeonatos mais equilibrados dos últimos anos?

A prova deste ano está muito equilibrada. Basta uma vitória ou uma derrota para qualquer equipa saltar cinco ou seis posições. Temos de pensar jogo a jogo e ganhar cada um deles, porque há outras equipas que nos acompanham de muito perto e não podemos facilitar. Temos capacidade para encarar todos os jogos com o sentido de vitória. Há equipas a fazerem um bom campeonato, como o Olhanense ou a Académica, mas, com todo o respeito que me merecem, não me passa pela cabeça comparar o Vitória a esses Clubes. Recuso-me a fazer esse tipo de comparação porque estão muito afastados do patamar do Vitória.

A ficha

Nome: João da Rocha Ribeiro
Data de Nascimento: 13 de Agosto de 1987 (23 anos)
Naturalidade: Porto, Portugal
Altura: 1. 78m
Peso: 73 kg
Posição: Extremo

Trajectória

2010/11 – Vitória SC

2009/10 – Académica
2006/07 a 2008/09 – Naval
2004/05 a 2005/06 – FC Porto B
2000/01 a 2003/04 – FC Porto (Formação)


Fora de campo

 Nos tempos livres, adora ir ao cinema
 Para além do futebol, tem também a paixão pela modalidade de basquetebol
 Não tem ídolos mas confessa admirar Zidane, Cristiano Ronaldo, Messi e Ronaldinho

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